Crónica de uma morte anunciada. Ou não.
No início do mês passado, foi anunciada a morte do iPod. É verdade, a Apple descontinuou o seu famoso leitor de música.
Mas será que ele morreu mesmo? Camões falava daqueles que “por obras valerosas se vão da
lei da morte libertando” - os que deixam legado. O iPod deixa.
Na linguagem, deixa-nos o termo podcast, que surge exatamente da junção de “iPod” com “broadcast”. E não fica por aqui. Sem iPod, os smartphones dificilmente seriam aquilo que são hoje; mas, acima de tudo, o iPod teve a capacidade de mudar o modo como ouvimos música, alterando por completo o paradigma desta indústria.
Goste-se ou não, o iPod deixa marcas na história. Por isso, tal como Mark Twain, o iPod pode reclamar que as notícias acerca da sua morte são claramente exageradas.
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